Filme: Metalhead.





Não era meu plano escrever de um filme isoladamente em um poste, pois tenho assistido inúmeros filmes nessas últimas semanas. Seria um desrespeito aos outros filmes (fico com consciência pesada até com filmes!).
Como esse tem um conjunto de qualidades (?) interessantes resolvi falar dele.

A película tem como personagem principal Hera Karlsdottir, que nasceu em 1970, ano da consolidação do estilo com o surgimento do Black Sabbath. Seu irmão mais velho morreu em um acidente que ela se culpa. Hera encontra força e consolo na música, sonhando se tornar uma estrela do Rock. A trilha sonora será composta por músicas lançadas entre 1970 e 1992. (Fonte: Filmow).

Esse é o tipo de Sinopse que te faz desistir de assistir o filme crendo que tudo se resume nisso: "Garotinha que viu o irmão morrer se revolta, começa ouvir metal e a odiar todo mundo." Não tem mais clichê certo? certo.
O filme, porém vai além disso. Dá pra sacar que Hera não tem muitas alternativas na fazenda dos pais em que ela vive. Seu único amigo é um gorducho, que pelo amor de Hera finge gostar de metal para agrada-la (opa quem nunca passou por uma situação como essa?). A amiga de infância dela se tornou a dita "adulta responsável a admirável". Hera não tem nada. Hera não tem praticamente ninguém.
Os tons azulados da fotografia, porque maior parte só neva, dá um clima ainda mais solitário para a história.
Meia parte do filme consiste nisso: bebendo sozinha, saindo pra lugar nenhum ou voltando para casa já que não há outra solução.
Mas em uma noite em família, assistindo TV, Hera tem contanto com o black metal através de uma reportagem sobre os incêndios nas igrejas, praticados pelos ouvintes do estilo de música.
Na reunião seguinte olha o look "discreto" que ela usa:



Foi aí que vi que a personagem tinha dramas bem parecidos com os meu. Vou além, parecidos com a maioria dos jovens que passam da adolescência para a idade adulta, e não consegue (ou quer) ser igual aos outros, ter os mesmos objetivos e gostos. Mesmo mostrando que não, ela se preocupa sim com o que os pais pensam. Ela gostaria de agrada-los, mas sabe que nisso ela será infeliz.
Um dilema tão usado erradamente em filmes que nesse deu certo. Deu pra entender a mensagem sem piegas.
Sorte da Hera porquê ela é talentosa. Toca guitarra grandiosamente bem, esse é o seu escape da sua realidade. Escreve músicas, canta, toca e grava. Tudo sozinha em um galpão.



Daqui não irei para frente no desenrolar da história.
Direi apenas que, para mim, o final não foi satisfatório. Saiu um pouco do realismo que o filme vinha trazendo no decorrer. Mas recomendo pela fotografia encantadora e as crises existenciais da protagonista.

Baixei por torrent, não lembro qual site, mas aqui tem um link:



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